“NEGUINHA PILANTRA”: Idosa é presa em flagrante por racismo contra enfermeira em UPA de Presidente Prudente

Uma mulher de 66 anos foi presa em flagrante por crime de racismo na madrugada da última terça-feira, 18 de fevereiro, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Guanabara, zona norte de Presidente Prudente.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, a idosa aguardava o resultado de um exame para diagnóstico de dengue quando se envolveu em uma discussão com uma enfermeira de 50 anos, reclamando da demora no atendimento. No desenrolar do conflito, uma segunda enfermeira, de 31 anos, tentou intervir para acalmar a paciente, momento em que teria sido alvo de insultos racistas.

Testemunhas, incluindo um porteiro de 35 anos e a enfermeira de 50 anos, confirmaram a versão da vítima, que relatou ter sido chamada de “negrinha pilantra” ao pedir que a idosa se retirasse de uma área de acesso restrito da unidade de saúde.

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O caso foi registrado na Delegacia Participativa da Polícia Civil e resultou na concessão de liberdade provisória à suspeita após audiência de custódia.

Idosa nega crime e alega mal-entendido

A acusada negou ter proferido ofensas raciais, alegando que apenas chamou a enfermeira de “moreninha”. As irmãs da mulher, que a acompanhavam no local, também negaram que tenha ocorrido qualquer injúria racial.

Diante das denúncias, a Polícia Militar foi acionada e conduziu a idosa à Delegacia Participativa da Polícia Civil, onde foi autuada em flagrante com base no artigo 2º-A da Lei Federal 7.716/89, que tipifica crimes resultantes de preconceito de raça ou cor. A legislação prevê pena de dois a cinco anos de reclusão, além de multa.

Após passar por audiência de custódia, a Justiça concedeu liberdade provisória à suspeita, inclusive por ser idosa.

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