Aos 38 anos de idade, Thaila Ayala relembrou momentos difíceis que viveu na infância em Presidente Prudente. Convidada para participar do Podcast da Revista WOW, a atriz revelou detalhes de abusos praticados por vizinhos e até familiares, que começaram quando ela tinha apenas três anos de idade.
Em resumo, Thaila explicou durante a entrevista que preferiu bloquear essa lembrança da memória e só voltou a reviver o trauma com a sua primeira gravidez, do filho Francisco.
“A gravidez é um mergulho na infância e, para mim, foi quando lembrei de alguns abusos que eu não lembrava. Lembrava de alguns, mas de outros não. Lembrei de um abuso quando eu tinha três, quatro anos, tinha bloqueado isso na minha cabeça”, iniciou.
“Lembrava da cena, mas não que era um abuso. Aí durante a gestação, na hora que lembrei, liguei para a minha médica e falei: Não era uma joaninha, era sangue. Na minha cabeça eu tinha criado outro cenário. Foi durante a gestação que eu realmente tive um mergulho profundo na minha infância e isso me deprimiu”, continuou Thaila.
A atriz conta, que nasceu em Presidente Prudente, chegou a viver abusos de vizinhos e familiares e, por conta dos traumas, resolveu se mudar para São Paulo aos 15 anos de idade como forma de fugir da realidade.
“Os traumas ao redor. Já sofri alguns abusos de vizinhos e familiares. Era bem caótico. Falei para minha mãe que ia para São Paulo, mas para ela era uma realidade distante, algo impossível. Um dia minha mãe foi viajar, peguei um ônibus e vim para São Paulo”, relatou.
Ao final, Thaila diz que, apesar das dificuldades e dos traumas que esse episódio trouxe, ela teve garra e forças para construir tudo o que tem hoje.
“Toda falta de afeto que tive na infância fez com que eu fugisse de lá e construísse tudo que eu construí. Eu fugi da minha realidade muito pobre, a gente morava em um conjunto habitacional, comecei a trabalhar de babá aos 13 anos. Era muito difícil”, concluiu.
POLÊMICA
Em 2021 a atriz e modelo se envolveu em uma polêmica envolvendo Presidente Prudente, na qual disse que seu bairro na infância, o Jardim Mediterâneo era extramemente violento, o que gerou críticas e até uma moção de repúdio, por parte dos vereadores da cidade.
