UNOESTE: Faculdade de Informática se destaca em final nacional da Maratona de Programação

A Unoeste, por meio da Faculdade de Informática de Presidente Prudente (Fipp), está entre as quatro instituições particulares de ensino no Brasil que obtiveram melhor desempenho na final da 27ª edição da Maratona SBC de Programação entre os dias 16 e 18 deste mês, na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande (MS). Da região de Presidente Prudente, a Universidade do Oeste Paulista é a única que aparece no ranking da etapa nacional realizada pela Sociedade Brasileira de Computação. A final mobilizou equipes de 60 de instituições de ensino superior (IES) do país, entre públicas e privadas.

A melhor universidade do oeste paulista foi representada pelo time Unoeste EAX, composta pelos alunos Leonardo Gomes Anholetto e Gabriel Meiado Batista de Carvalho, ambos do curso de Sistemas de Informação (BSI), e Vitor Hugo Rossi Martinez do curso de Ciência da Computação (BCC). Eles foram acompanhados e supervisionados pelos professores Francisco Assis da Silva, Leandro Luis de Almeida, Francisco Maracci, Mário Pazzoti, além dos coordenadores de cursos Haroldo César Alessi e Emerson Silas Dória.

O professor Francisco da Silva explicou que essa foi a 11ª participação de um time da FIPP/Unoeste na final brasileira da Maratona SBC de Programação. “A chegada a essa fase final é dada pela conquista de uma das poucas vagas em disputa na fase regional que participamos em Bauru. A fase regional ocorreu em outubro de 2022, em 42 sedes em todo o Brasil. Participaram 556 times de 170 instituições brasileiras. Então chegar na final brasileira é motivo de muito orgulho, alegria e reconhecimento para nós da FIPP/Unoeste, porque essas competições são extremamente complexas e exige muito estudo e muita dedicação dos alunos”, frisou.

Desde 2005, a Fipp/Unoeste realiza competição similar interna durante a semana de informática. É justamente para incentivar e estimular os alunos a estudar e a treinar para as competições. Além de ser de grande importância para a formação dos alunos, essa Maratona de Programação da Fipp possibilita identificar os potenciais talentos para representar a faculdade nas competições oficiais. Mas sobre essa última participação, tem um detalhe importante que o professor fez questão de destacar. “Os alunos que conseguiram chegar na final brasileira são novatos nesse tipo de competição, essa foi a primeira participação deles, o que representa uma grande conquista, eles estão de parabéns. Um bom desempenho na competição exige muitos estudos direcionados nas áreas de matemática, de algoritmos e de técnicas avançadas de programação, além de muito treino resolvendo problemas de competições anteriores”, elogiou.

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O diretor da Faculdade de Informática de Presidente Prudente, Moacir Del Trejo, reforça essa tradição da FIPP/Unoeste na Maratona de Programação da SBC. “Historicamente nossos times se classificam todos os anos nas etapas regionais, quase sempre em primeiro lugar o que já garante estar entre os 50, 60 times na elite das finais nacionais dentre as centenas de IES”. Sobre o desempenho dos três alunos nesta 27ª edição, ele fez questão de dizer que “regionalmente os resultados representam mais um indicador de destaque da qualidade de ensino oferecido pela Fipp/Unoeste, cujas graduações ofertadas também se sobressaem em nível nacional diante de excelentes e recorrentes resultados no Enade”.

“Um dos resultados é o altíssimo nível de empregabilidade de nossos egressos, além de sucesso como empreendedores. Vale lembrar que todo ano, por ocasião da jornada Infoeste, temos um evento satélite de programação [maratona interna] onde muitos acadêmicos participam com orientação de docentes. E aí é o embrião para novos times competitivos, além de motivar nossos estudantes no decorrer de vossas vidas acadêmicas”, completou Del Trejo.

Experiência diferenciada

O Leonardo Anholetto foi o monitor da equipe. Ele é aluno do 4º termo do curso de Sistemas de Informação da Fipp. Disse que entrou para a equipe de forma despretensiosa, já que nunca tinha participado da competição. “Sobre a Maratona de Programação, o Chico [professor Francisco] havia nos apresentado no começo, mas eu não cheguei a correr atrás e nem nada. Fui resolver problemas no beecrowd [plataforma digital de serviços profissionais que simula o estilo da maratona] e nessa brincadeira aí, topei ir pra maratona até porque eu já havia participado de olímpiadas no ensino médio, não de informática, mas sim de matemática, astronomia, física e ciências. Cheguei a ser medalhista, então eu fui porque eu gosto de resolver esses problemas difíceis, na pegada que é. E nisso aí fui aprendendo, compartilhando conhecimento com o Vitor e o Meiado. Participamos da primeira fase, da fase zero e no geral conseguimos ir pra final. Aprendi bastante coisa, conheci pessoas interessantes e depois disso pretendo cada vez mais participar de outras”, relatou.

Vitor Martinez, aluno do 5º termo do curso de Ciência da Computação da Fipp, também falou dessa experiência diferenciada que teve ao chegar na final da etapa nacional da Maratona SBC de Programação. “Foi uma experiência bem diferente do que eu imaginava. Eu já tinha ouvido falar de maratonas de programação, só que em nenhum momento eu imaginei que eu estaria representando a universidade numa final nacional. Participei por curiosidade mesmo, com o intuito de ver como seria essa experiência e também buscar um desafio pra me motivar a estudar e ganhar mais conhecimento de modo a melhorar minha capacidade de pensar em algoritmos e resolver problemas. Isso me levou a estudar assuntos e técnicas que possivelmente demoraria muito para eu ver se não fosse pelo incentivo de estar participando da maratona”, revelou o rapaz.

Sobre a final da maratona, ele recorda que os problemas apresentados eram bem desafiadores, e que ao ter acesso a determinados assuntos, começou a desenvolver interesses na parte gráfica, por exemplo. “Considerando que essa é a primeira maratona que participamos, chegar na final foi bem contentador. Isso mostra que estamos sob uma boa tutoria e que os integrantes do grupo tem um forte potencial e ainda podem se aprimorar muito. A sensação de aprender coisas novas e superar problemas difíceis é muito satisfatória. Sou muito grato aos professores e coordenação da Unoeste e ao monitor Leonardo, integrante do time, pelos conhecimentos e convite em participar”, encerrou.

Maratona SBC

A Maratona de Programação existe desde 2006. Ela nasceu das competições regionais classificatórias para as finais mundiais do concurso de programação da ACM, o ACM International Collegiate Programming Contest, e é parte da regional sul-americana do concurso. A competição mobiliza alunos de cursos de graduação e início de pós-graduação na área de computação e afins, como Ciência da Computação, Engenharia de Computação, Sistemas de Informação, Matemática, etc.

A maratona desperta nos alunos a criatividade, a capacidade de trabalho em equipe, a busca de novas soluções de software e a habilidade de resolver problemas sob pressão. Cada equipe participante é composta por três alunos, que tentam resolver durante cinco horas o maior número possível dos 8 ou mais problemas que são entregues no início da competição. Estes alunos têm à sua disposição apenas um computador e material impresso (livros, listagens, manuais) para vencer a batalha contra o relógio e os problemas propostos. A equipe que resolve o maior número de problemas no menor tempo é declarado o vencedor.

Neste ano, a equipe da Universidade Federal do Rio de Janeiro foi a campeã da 27ª Maratona SBC de Programação. Foi a primeira vez que um time da UFRJ sagra-se campeão da Maratona de Programação.

 

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