Mais de 400 alunas acompanhadas por 29 professores do ensino básico de 13 escolas de oito municípios, recepcionadas por 95 professores e estudantes do ensino superior. Estes são números expressivos da 4º edição do programa Meninas na Stem – a sigla de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Evento realizado durante cinco dias da semana passada e organizado por oito cursos de graduação da Unoeste. As reações nos momentos das oficinas e alguns depoimentos revelam encantamento e geração de perspectivas de vida com o sonho de ingresso na universidade e a construção de carreiras promissoras.
Em posição de vanguarda no Brasil, a Unoeste abraçou a iniciativa da ONU Mulheres em fomentar o interesse de meninas para ciências, com a finalidade de que um dia sejam efetivamente incluídas no campo da produção científica, deixando de ser minoria no mundo em que cerca de 70% dos pesquisadores são homens. O projeto da Organização das Nações Unidas (ONU) é ancorado por sua agência especializada Unesco – Educação, Ciência e Cultura. O programa Meninas na Stem começou em 2018, prosseguiu em 2019, foi suspenso em 2020 e 2021 por causa da pandemia do coronavírus e retomado no ano passado.
Esmero na organização
Participaram meninas do 9º ano do ensino fundamental e dos três anos do ensino médio, sendo agora em 2023 de quatro escolas de Presidente Prudente: Professor Miguel Omar Barreto, Sesi Antônio Scalon, Professora Anna Antônio e Pitágoras. As da região foram: Engenheiro Isac Pereira Garcez, de Dracena; Professora Maria José Barbosa Castro Toledo e Jean Piaget, de Pirapozinho; Professora Maria Ernestina Natividade Antunes (Mena), de Indiana; Dom Lúcio Antunes, de Panorama; Aquarela, de Álvares Machado; Monteiro Lobato, de Sandovalina; e Professora Takako Suzuki, de Narandiba.
Estiveram envolvidos coordenadores, professores e estudantes dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Biomedicina, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Informática e Química. A indústria Alimentos Wilson ofereceu suco e lanche. A acessibilidade da Unoeste possibilitou a participação de aluna cadeirante. A proponente do programa, coordenadora dos cursos de Química e Engenharia Química, Dra. Patrícia Alexandra Antunes, comenta que os professores e estudantes envolvidos na organização e realização deram o melhor de si na recepção e oficinas para as visitantes, com excelentes atuações.
Excelente repercussão
A Dra. Patrícia cita e agradece o apoio do pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão Dr. Adilson Eduardo Guelfi; incluindo o fato de estimular a realização de mais uma edição ainda este ano, no segundo semestre. A professora mestre de cursos da Faculdade de Informática de Presidente Prudente (Fipp/Unoeste) Aglae Pereira Zaupa afirma que foram experiências fantásticas para as alunas do ensino básico, que ficaram felizes por estarem no ambiente universitário, encantadas com que viram e vivenciaram, e por conhecer parte do que a Unoeste tem para oferecer a elas.
Nas redes sociais, dentre as publicações, teve postagem de vídeo da professora Milena Rodrigues Sales, no qual mostra a participação em cada oficina das alunas da escola Mena, de Indiana, deixando transparecer a importância de conhecer a Unoeste, vivenciar práticas de ciências e vislumbrar perspectivas de formação profissional no ensino superior. A aluna Talita Vilhoni, em outra publicação, comenta ter sido prazeroso estar no evento e conhecer a Unoeste, onde espera visitar novamente e cursar uma faculdade. Duas professoras e aluna da escola Takako, de Narandiba, também falam com encantamento da participação no programa Meninas na Stem.
Fortalecimento dos conteúdos
A professora Ivani Pereira classifica a visita e as oficinas como momento ímpar na construção do Projeto Vida, inserido no currículo paulista para valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e para que os alunos possam apropriar-se de conhecimentos e experiências de entendimento das relações do mundo do trabalho, para que suas escolhas estejam alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. “A participação na Stem trouxe maior entendimento das ciências ligadas à química, física e engenharias”, pontua.
Ivani diz que também foi importante formação aos professores que a partir de então têm mais argumentos e conteúdos para incentivar as alunas para as ciências e pesquisas. “Agradecemos todo o corpo discente e docente que nos acolheram na universidade”, manifesta em gratidão à Unoeste. “O evento é uma forma de incentivo tanto para os estudantes quanto para nós professores, pois integra aos currículos e ajuda fortalecer os conteúdos que desenvolvemos em sala de aula. Obrigada pelo acolhimento”, diz a professora de biologia Adriele Paiva Cruz.
Experiência incrível
A aluna Emily Vitória Santos Sobral comenta ter sido uma experiência incrível visitar a Unoeste e participar do programa Meninas na Stem, por ter aprendido coisas novas e nunca antes ter estado na universidade onde o programa ocorreu em laboratórios instalados no campus 2. “Gostei muito, pois nunca tinha participado e também por estar com as minhas colegas e ter nos divertido. Gostei da Biomedicina porque me identifiquei mais”, disse Emily que pretende cursar Medicina Veterinária. São depoimentos que confirmam a observação dos organizadores: a de que as meninas ficaram encantadas.
“Foi uma oportunidade de saber sobre os cursos e o que os profissionais fazem. Em linhas gerais a experiência encantou e promoveu felicidade. As meninas viram boa parte do que a Unoeste tem para oferecer a elas”, comenta a Dra. Patrícia, acrescentando que as meninas terão certificado de participação, disponibilizado no site da Unoeste. As escolas poderão acessar e imprimir, no mesmo espaço virtual em que foram feitas as inscrições. Por fim, Dra. Patrícia anuncia que para a edição do segundo semestre, conforme entendimentos com o pró-reitor Dr. Adilson, serão introduzidas algumas atividades na área de inclusão e incentivo.