Com o objetivo de buscar celeridade às análises das avaliações para os projetos de ampliação e reformas do Aeroporto Estadual Adhemar de Barros, uma comissão de representação prudentina, formada pelo deputado estadual Mauro Bragato, o presidente da Câmara Municipal, Tiago Oliveira, UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente e região), Abav-SP/Aviesp (Associação Brasileira de Agências de Viagens de São Paulo), Acipp e Grupo Lidera, reuniram-se na manhã dessa terça-feira (16) com a diretoria da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), em São Paulo.
Além do deputado Mauro Bragato, que mediou o encontro, e do presidente da Câmara Municipal, Tiago de Oliveira, também compareceram Renato Michelis (UEPP), Raul Audi (Acipp), Marcos Lucas (Abav-SP/Aviesp) e Julio de Moraes (Grupo Lidera). A reunião foi uma sugestão do CEO da concessionária ASP, Dario Rais Lopes, quando veio em Prudente no mês de abril. Conforme o cronograma do edital, a expectativa é que de setembro deste ano até setembro de 2026, seja posto em prática a Fase 1B, com foco em grandes investimentos, como o aumento da capacidade do terminal de passageiros.
Durante a conversa com o diretor geral da Artesp, Milton Persoli, e com o superintendente de aeroportos, Cláudio Castello de Campos Pereira, foi explicado todo o trâmite processual para o andamento das obras e como é o funcionamento prático das concessões aeroportuárias no estado paulista. Em seguida, disseram que a ASP está refazendo uma solicitação de anuência para levantamento de recursos junto à iniciativa privada, seguindo as adequações exigidas, já que a primeira não havia sido aprovada.
Conforme passado pelo presidente da UEPP, Renato Michelis, segundo a Artesp, há uma boa expectativa é que após a aprovação, ainda em 2023 sejam iniciadas as obras de reforma no aeroporto de Presidente Prudente. “A diretoria da Artesp nos recebeu muito bem e foram solícitos e transparentes aos nossos questionamentos”, opinou Michelis.
Marcos Lucas, vice-presidente da Abav-SP/Aviesp, pontuou durante a reunião que a sociedade civil organizada tem a necessidade de acompanhar questões específicas, sobretudo, sobre investimento; e que embora a ASP ainda esteja dentro do prazo, o quanto isso for feito, melhor será para manter os voos diários das três principais companhias aéreas no aeroporto prudentino. “Eles expuseram que há uma grande preocupação em fazer cumprir o regramento para que os usuários tenham um serviço de qualidade”, disse Lucas.
Para o deputado Mauro Bragato, a conversa foi muito produtiva. “Vamos dialogar com a Casa Civil do Governo de São Paulo para que contribuam e tragam novas oportunidades para o aeroporto de Presidente Prudente, já que ele é uma referência para o desenvolvimento municipal e regional”, frisou.
Taxas
As taxas também foi outro assunto mencionado. A Artesp salientou que as taxas de embarque estão congeladas desde 2021 e que não há previsão de aumento no momento. “Já quanto aos contratos de locação de hangar e taxas de serviços dentro da pista, a diretoria destacou que não há como a Artesp intervir, mas que irão acompanhar”, repassou Lucas.
De acordo com noticiários, os preços dos combustíveis na base de Pres. Prudente chega a 30% a mais do que outros aeroportos. Questionada, a Artesp disse que também não podem intervir sobre o assunto, mas a diretoria ficou de se posicionar de que forma pode ajudar. “A Artesp também ficou de nos enviar o plano de investimento entregue pela Aeroportos Paulista, para que possamos fazer a conferência de acordo com o que temos de informação”, ressaltou Marcos Lucas.
Receita Federal
Embora a Artesp não tenha responsabilidade sobre a construção da Receita Federal no terreno doado, que está localizado ao lado do Aeroporto Adhemar de Barros, a comissão indicou um diálogo com a ASP, a fim de convence-los sobre a importância da sede que, futuramente, poderá permitir a internacionalização do aeroporto. “A diretoria da Artesp concordou com a proposta, afinal, trata-se de receitas acessórias e maior visibilidade ao aeroporto, gerando, inclusive, demanda para cargas, outro modal que permite novos investimentos e desenvolvimento de emprego e renda”, finalizou Marcos Lucas.