Representada pelo vice-presidente José Renato de Freitas e pelo ex-presidente Renato Mungo, a UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente e região) participou nessa quarta-feira (31) da audiência pública na Câmara Municipal, a qual discutiu o Projeto de Lei nº864/18, de iniciativa do executivo municipal, que versa sobre autorização para a contratação de operação de crédito com a Caixa Econômica Federal de até R$90 milhões.
Ao representar a UEPP e a ACIPP (Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente) na tribuna, Renato Mungo levantou algumas questões. Inicialmente, salientou que, muitas vezes, o poder público precisa socorrer-se de empréstimos a fim de assegurar investimentos necessários, no entanto, as entidades não apoiam e nem discordam, apenas buscam entender os fatos. Em seguida reforçou três pontos que precisam ser esclarecidos, sendo: capacidade de pagamento, aplicação do empréstimo e prioridades.
Quanto à capacidade de pagamento, a UEPP questionou qual é o atual nível de endividamento dos cofres públicos, e se há algum estudo que assegure o pagamento e que não atrapalhe investimentos futuros. Em resumo, destacou a taxa Selic e os dois anos de carência, cuja preocupação é que quando pagamentos iniciarem haverá uma taxa acumulativa que pode [ou não] se aproximar de 40% de juros.
Sobre a aplicação do empréstimo, Mungo salientou que a sociedade civil ainda não teve acesso a informações dos valores individuais de cada projeto e suas especificidades. “Nós somos muito preocupados com as condições para novos investimentos. É claro que os impostos também são corrigidos pela inflação, mas estamos falando de juros reais”, alertou Mungo. Ao final, pontuou que existem outros gargalos municipais que merecem maior atenção, com soluções imediatas, a exemplo da oneração do espaço e gastos da Cidade da Criança.