Ato solene oficializa o nome Dona Ana no shopping popular

Por iniciativa dos poderes executivo e legislativo, depois de completamente remodelado o antigo camelódromo ganha o nome de Shopping Popular Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima – Dona Ana. Aprovado por unanimidade pelos 13 vereadores, a lei foi sancionada e promulgada na manhã desta quinta-feira, 29 de junho, pelo prefeito Ed Thomas, em prestigiada solenidade no seu gabinete. A leitura da lei foi feita pelo secretário municipal de Administração, Donizete Veloso. Os pronunciamentos reafirmaram a homenageada postumamente como grande mulher da história de Presidente Prudente.

Foram seis discursos, incluindo o do Dr. Augusto Cesar de Oliveira Lima diretor geral da Associação Prudentina de Educação e Cultura (Apec), mantenedora da Unoeste que agradeceu os autores da homenagem. “Obrigado por homenagearem minha querida mãe, que foi uma guerreira. Poucas vezes eu a ouvi dizer não. Atendia todo mundo com bondade e felicidade. Homenagem muito merecida para minha querida mãe”, disse o primogênito de quatro filhos de Dona Ana (1930-2022) e Agripino Lima (1931-2018).

Mulher de muita luz

O Dr. Cesar foi o último a falar e também agradeceu as falas de cada orador que o antecedeu. A primeira fala foi a da vice-presidente da Câmara Municipal, Joana D´Arc. A vereadora destacou a importância de Dona Ana e Agripino em sua trajetória profissional e de vida, inclusive para que fizesse o curso de Pedagogia, o que resultou em concurso no estado e a aprovação em 15º lugar entre mais de 30 mil concorrentes. Joana lecionou e foi diretora de escola estadual. Também lecionou na Unoeste por 13 anos.

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Dos três vereadores presentes, Joãozinho da Saúde abriu mão da fala e Douglas Kato passou para a suplente de vereadora Alba Lucena, vereadora de sete mandatos, que dá aulas na Unoeste há muitos anos e coordena o curso de História presencial. “Quando falamos o nome da Dona Ana, o do Agripino está junto. O ponto dele era o shopping popular, então muito justo que o espaço receba o nome dela que era uma mulher de muita luz. Uma educadora e a educação está diretamente vinculada com todas as áreas, como a do desenvolvimento”, pontuou.

Educação de qualidade

Lembrando os muitos anos de convivência, dos tempos em que trabalhavam em escola pública e antes da criação da Apec em 1972, a coordenadora pedagógica institucional Darcy Alessi Delfim lembrou Dona Ana para se referir aos professores e funcionários presentes como troféus da Unoeste. “Dona Ana era uma pessoa e profissional muito disciplinada, de decisões firmes e focada no objetivo da educação de qualidade, o que tem contribuído com a região e o Brasil, e em todo lugar onde tiver um egresso”, comentou.

O pró-reitor acadêmico Dr. José Eduardo Creste abriu a sua fala agradecendo o prefeito Ed Thomas, a 1ª dama e secretária de Assistência Social, Clélia, e aos vereadores. Sobre a família Oliveira Lima, tomou com referência o Dr. Cesar para dizer que não é só patrão, mas amigo dos professores e funcionários. “O que a Dona Ana e seu Agripino fizeram pela cidade é imensurável”, afirmou. Disse ainda que Dona Ana atendia todo mundo, gostava de ouvir piadas e era destemida, sem medo de nada.

Breve perfil de Dona Ana

Nasceu em Gália, na região de Bauru, em 13 de março de 1930. Foram em quatro irmãos, criados na zona rural. Aos oito anos de idade, entregava leite. Estudou o ensino primário (atual 1º ciclo do fundamental) em sua cidade natal. O ensino ginasial (atual 2º ciclo do fundamental) e a escola Normal (de formação de professores) em Guaratinguetá, no Vale do Paraíba. Formou-se em 1950 e no seguinte começou a dar aulas em escola da zona rural e casou-se com Agripino Lima.

Em 1957, o professor Agripino deu aulas na vila Escócia, em Martinópolis. Os três primeiros filhos – César Augusto, Ana Cristina e Maria Regina – nasceram em Garça. O caçula Paulo Lima nasceu em Prudente, onde a família chegou em 1962, depois de dois anos em Alfredo Marcondes. Dona Ana trabalhou em escolas do bairro Sete Copas, em Indiana; e nos jardins Planalto e Paulista, em Prudente, onde foi diretora.  A Apec foi fundada com o professor Agripino e ela em 1972; reconhecida como universidade em 1987. Dona Ana foi pró-reitora acadêmica e reitora. Foi vereadora eleita em 2000 como a mais votada: 5,5 mil votos.

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