Os vereadores da 18ª Legislatura da Câmara Municipal de Presidente Prudente denominaram a Escola do Legislativo com o nome da ex-vereadora e professora Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima.
A homenagem foi publicada por meio da Resolução nº 381 do Diário Oficial de Presidente Prudente, na edição desta quarta-feira (3).
A gestora e educadora foi uma das fundadoras da Associação Prudentina de Educação e Cultura (Apec) e exerceu seu mandato parlamentar durante a 13ª Legislatura, entre os anos de 2001 e 2004.
Na ocasião, por ter sido a vereadora mais votada nas eleições de 2000 com 5.594 votos, presidiu a Sessão de Instalação e Posse daquela legislatura e do mandato do prefeito Agripino de Oliveira Lima Filho, com o vice Jólio Martin.
A homenagem é de autoria de todos os vereadores da 18ª Legislatura, que é composta pelos vereadores Demerson da Saúde, Douglas Kato, Enio Perrone, Ivan Itamar, Professora Joana D’arc, Joãozinho da Saúde, Professor Negativo, Mauro Neves, Miriam Brandão, Nathália Barbosa Gonzaga da Santa Cruz, Tiago Oliveira, Wellington Bozo e William Leite.
A Escola do Legislativo da Câmara Municipal de Presidente Prudente foi criada por meio da Lei Nº 8.999/2015 e instituída oficialmente neste ano por meio do Ato da Mesa Diretora Nº 01/2023, que nomeou o vereador William Leite como seu Diretor Presidente parlamentar.
Confira abaixo o histórico da homenageada:
A homenageada nasceu na cidade de Gália (SP) em 13 de março de 1930 sendo a filha do meio de cinco irmãos. Seu pai, Joaquim Cardoso Maia, era neto de portugueses e sua mãe, Felícia Bertoldi Maia, imigrante italiana.
Dona Ana, como era carinhosamente conhecida, foi casada por cerca de 45 anos com o ex-prefeito da cidade de Presidente Prudente, Agripino de Oliveira Lima Filho, e deixou quatro filhos, Augusto César, Ana Cristina, Maria Regina e Paulo César, 13 netos e seis bisnetos, quando da data de seu falecimento, aos 92 anos, em 10 de novembro de 2022.
Mulher excepcional, bastante atuante na educação e na política, foi professora, participou da reitoria da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) e vereadora entre os anos de 2001 e 2004, sendo a mais votada nas eleições municipais de 2000, com 5,5 mil votos, participando, portanto, da 13ª Legislatura da Câmara Municipal de Presidente Prudente.
Em 22 de dezembro de 1950, Ana formou-se professora e, no ano seguinte, iniciou sua carreira em escola rural, distante 4 km da fazenda que seu pai administrava. Em 1951, casou-se com Agripino, que ainda estudava para ser professor e trabalhava no armazém de sua família em Garça (SP).
Em Garça, nasceram três dos quatro filhos: Augusto César, Ana Cristina e Maria Regina. O caçula Paulo César, 13 netos e seis bisnetos nasceram em Presidente Prudente, onde a família chegou em 15 de janeiro de 1962, depois de dois anos em Alfredo Marcondes (SP).
Dona Ana, como ficou conhecida, dizia que nasceu professora e iria morrer professora, pelo amor e pela missão de ajudar na transformação de vida de pessoas por meio da educação.
Ela foi professora primária em escolas rurais e urbanas por mais de dez anos, de 1951 a 1963. Daí em diante e durante 17 anos, foi diretora de escolas estaduais no bairro Sete Copas, em Indiana (SP); nos jardins Planalto e Paulista, em Presidente Prudente; até se aposentar. Nos oito primeiros anos da Associação Prudentina de Educação e Cultura (Apec) manteve dupla jornada: no estado e na iniciativa privada.
A Apec foi criada em 1972, como materialização do sonho do casal de professores Agripino de Oliveira Lima Filho e Dona Ana, que exerceu inicialmente a função de secretária geral. Em 1987, com o reconhecimento do Ministério da Educação, surgia oficialmente a Universidade do Oeste Paulista (Unoeste).
Na Unoeste, que tem como mantenedora a Apec, Dona Ana ocupou os cargos de pró-reitora acadêmica e de reitora, se afastando em 2015 durante o processo de sucessão da gestão assumida por filhos e netos.