DIA MUNDIAL DO RIM: Refrologista cooperada da Unimed alerta sobre prevenção e diagnóstico da DRC

No Dia Mundial do Rim, celebrado anualmente em 13 de março para aumentar a conscientização sobre a doença renal crônica (DRC), a Unimed Presidente Prudente alerta para os principais fatores de risco, a importância do diagnóstico precoce e os cuidados essenciais para a prevenção. Entre as medidas mais eficazes para prevenir doenças renais estão a alimentação saudável e hidratação do corpo, a prática de atividade física e o controle adequado de doenças como hipertensão e diabetes.
De acordo com a nefrologista cooperada da Unimed Prudente, Dra. Vanessa Carolina Mariotti, entre os principais fatores para o desenvolvimento da doença renal crônica, no Brasil, está a hipertensão, além da diabetes nos países desenvolvidos. Assim, a especialista ressalta a importância de consultas preventivas e exames de rotina. “A doença renal crônica pode afetar todas as faixas etárias. Mas é mais comum no adulto, quando começa a desenvolver as doenças principais que levam à alteração da função renal, como hipertensão e diabetes”, explica.
Sintomas
Os sintomas da doença renal podem ser parecidos com sintomas de outras doenças. “Por exemplo, os principais sintomas iniciais são: perda do apetite, perda de peso, náuseas e vómitos, mas o paciente, por exemplo, pode apresentar sintomas neurológicos, como confusão mental, crise convulsiva e rebaixamento do nível de consciência”, conta a nefrologista, lembrando que a doença é difícil de ser diagnosticada se não forem executados os exames de rotina pelos médicos que estão vendo o paciente, ou por posto de saúde ou cardiologistas, ou outros clínicos.
A nefrologista alerta que o paciente pode começar a apresentar sintomas característicos nos estágios finais da doença, conhecido como “estágio 4”. “Nesse estágio, o paciente pode desenvolver sintomas de anemia, como cansaço e fraqueza, mas são sintomas bem inespecíficos. Os sintomas, de fato, mesmo vão iniciar no estágio 5, quando o rim funciona, mais ou menos, em 15 a 10%, que seria o momento de iniciar a hemodiálise”, explica.
Nos estágios finais da doença renal crônica, a pessoa pode apresentar sangramento ao escovar os dentes, sangramento nasal, até hemorragia digestiva, como vomitar sangue, e pode também apresentar coceira intensa, pode apresentar pericardite urêmica, que são sintomas cardiológicos e dor. “Nesse momento, quando ele apresenta esses sintomas graves, é quando ele precisa iniciar hemodiálise”, salienta a dra. Vanessa.
Prevenção e cuidados
A prevenção é essencial, e a alimentação desempenha um papel fundamental no controle da progressão da doença. “As principais causas do desenvolvimento de uma doença renal são hipertensão e diabetes. Então, se você tiver uma dieta saudável, diminuir a ingestão de sal e de gorduras, ter alimentação rica em verduras e legumes, praticar atividade física e reduzir de açúcar, isso tudo vai impactar a diminuir a sua pressão e o risco de ter diabetes”, recomenda a médica.
Ainda no fator alimentação, também é importante adotar atitudes como diminuir a ingestão de alimentos ricos em sódio, alimentos industrializados, embutidos, e alimentos com muito conservantes, como alguns tipos de temperos prontos, refrigerantes, bolachas recheadas, produtos industrializados.
Para quem já tem a doença, a progressão consegue ser reduzida. “Também é possível, se fizer uma dieta, reduzir a chance de entrar na diálise ou não entrar”, afirma.
Nesse caso, uma dieta que inclua alimentos com uma quantidade de proteína adequada para o seu peso e para sua função renal – geralmente é de 0,8 grama por quilo –, além de fósforo e potássio, pode ter boa repercussão na vida renal do paciente, conforme explica a nefrologista.
Outro cuidado essencial é com o uso de medicamentos, pois eles impactam na saúde dos rins. “Nós orientamos os pacientes a não fazer uso de anti-inflamatórios não hormonais, como diclofenaco, nimesulida, piroxicam, que seriam medicações que vão levar a vasoconstrição da artéria renal, diminuir a perfusão do rim, quer dizer, diminui a entrada de sangue no rim, e isso ele pode levar uma queda na sua filtração e queda da taxa de filtração glomerular e aumento da creatinina Então, a gente proíbe aí os pacientes a fazer uso de medicações anti-inflamatórias”, alerta.
 
Hidratação
A saúde renal também necessita de cuidados com a hidratação. “Nos pacientes que têm insuficiência renal aguda, a água é muito importante”, destaca. A profissional ainda conta que o aumento do nível de água na insuficiência renal aguda pode contribuir para uma possível reversão do quadro.
Já na insuficiência renal crônica, é essencial que o paciente se atente à quantidade de água ingerida. “Porém, o excesso de água, como mais de três ou quatro litros de água, não vai mudar a vida dele, porque o rim já tem sua taxa de filtração, e se for ingerido um excesso muito grande de água, ele pode ter um edema, ou seja, o rim não vai filtrar e a pessoa pode vir a ter inchaço. Então ele deve beber entre o litro e dois litros de água no máximo, dependendo muito da função renal dele” explica.
Dia Mundial do Rim
Dra. Vanessa destaca que a realização de campanhas de conscientização da população, como o Dia Mundial do Rim, é fundamental para prevenir a doença renal crônica e suas complicações.
“A doença renal é uma doença grave que altera toda a qualidade de vida e está associada a doenças muito comuns à nossa população, que é hipertensão e diabetes. E que todo hipertenso e diabético precisa fazer o exame da creatinina e fazer o controle adequado da pressão do diabetes, se não vai evoluir com alteração da função renal e pode evoluir com uma necessidade de fazer hemodiálise”, alerta a médica nefrologista da Unimed.
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