Com o foco na promoção de saúde de moradores do bairro Brasil Novo, alunos do curso de Fisioterapia da Unoeste, por meio do estágio de Fisioterapia em Saúde Coletiva, proporciona atividades físicas e terapêuticas voltadas para pacientes hipertensos e diabéticos, contribuindo significativamente para a melhoria da qualidade de vida da população local.
As atividades, realizadas semanalmente, buscam não apenas a melhoria das condições físicas dos participantes, mas também o bem-estar mental e emocional. O projeto enfatiza a importância da prevenção e do controle de doenças crônicas, ajudando a reduzir o impacto dessas condições na vida das pessoas e, consequentemente, no sistema de saúde.
O projeto tem impactado positivamente a rotina de diversos participantes, como é o caso de Lucimara Alves Correia, de 54 anos, que encontrou na atividade um caminho para aliviar dores na coluna. “Depois que eu comecei a fazer os exercícios, melhorei bastante. Em vista do que eu estava, estou muito melhor. O grupo é maravilhoso e tem me ajudado muito”, afirma.
Outra participante é a Elza Pereira Barbosa da Cruz, de 60 anos. Para ela, o grupo vai além do benefício físico, sendo também um espaço de interação social. “Melhorou bastante a minha rotina, me ajuda nas tarefas diárias. Os exercícios e os alongamentos são muito bons, e o convívio com as amigas também”, comenta.
Tereza Caetana da Silva, de 72 anos, é integrante do grupo há mais de uma década e reforça os benefícios do trabalho. “A gente distrai muito a cabeça e melhora as dores no corpo. Eu sentia dor nos braços e nas pernas, mas agora, com os exercícios, me sinto muito melhor”, destaca.
Formação Acadêmica
Para os alunos da Unoeste, a participação no projeto é uma experiência enriquecedora. Danieli Ramos de Andrade Lopes, do 9º termo do curso de Fisioterapia, enfatiza a importância desse contato para sua formação. “Acompanhamos a evolução delas e aprendemos muito na prática. Mais do que profissionais da saúde, criamos um vínculo muito especial”, afirma.
Lucas Martins Perucchi, do 9º termo, reforça a importância da vivência com diferentes realidades. “Ter esse contato nos ensina muito. É gratificante ver o impacto positivo na vida dessas pessoas. A Unoeste nos proporciona essa experiência nos três níveis de atenção à saúde, o que agrega muito à nossa formação”, explica.
Os alunos também aprendem a importância de lidar com recursos limitados, um desafio comum na atenção primária em saúde. A criatividade e a adaptação são fundamentais para garantir que todos os participantes tenham acesso a exercícios eficazes.
A visão da docência
A professora doutora Ana Karênina Dias de Almeida Sabela, responsável pelo projeto, destaca a importância do serviço tanto para a população quanto para os futuros fisioterapeutas. “O grupo Hiperdia tem o objetivo de controlar os níveis pressóricos e glicêmicos, além de proporcionar socialização e melhoria do bem-estar emocional. Para os alunos, essa experiência é fundamental, pois eles vivenciam a realidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e aprendem a atuar na atenção primária”, explica.
O grupo é aberto a toda a comunidade e adaptado para atender às necessidades individuais dos participantes. Os exercícios são realizados com materiais simples, como garrafas com areia e cabos de vassoura, demonstrando criatividade e eficiência na promoção da saúde.
“A Unoeste também reforça seu compromisso em criar um impacto duradouro na comunidade. Os trabalhos realizados têm contribuído para a redução da incidência de complicações cardiovasculares e metabólicas, conforme apontam dados da Organização Mundial da Saúde (OMS)”.