A Incubadora Tecnológica de Presidente Prudente (INTEPP) vem se consolidando como um dos principais polos de fomento ao empreendedorismo inovador do Oeste Paulista, sejam eles voltados a produtos, serviços ou processos. Com 20 anos de atuação, em 2024 alcançou um marco expressivo: em menos de um ano, o número de projetos incubados saltou de um para seis, um crescimento de 500%.
Segundo a gerente Fernanda Bagli, a INTEPP oferece estrutura completa, mentoria especializada e apoio estratégico para empreendedores em diferentes fases de desenvolvimento, desde a validação da ideia até a consolidação do negócio. “Nosso principal objetivo é transformar ideias e pesquisas promissoras em negócios sustentáveis e competitivos nos cenários regional, nacional e internacional”, destaca.
Para o presidente Dione Ferrari, o aumento expressivo de 500% reflete não apenas o fortalecimento da cultura empreendedora na região, mas também a qualidade das conexões estabelecidas entre universidade, mercado e sociedade. “Com foco em soluções inovadoras e sustentáveis, a incubadora tem se firmado como um agente ativo no desenvolvimento de startups de base tecnológica e impacto social e um ambiente estratégico para quem deseja tirar ideias do papel e construir negócios alinhados às demandas reais”, comenta.
Como uma incubadora ingressa?
A entrada de novos empreendedores ocorre por meio de editais. Após aprovação, os projetos selecionados ingressam no programa, que pode incluir a etapa de pré-incubação [voltada à validação do modelo de negócio] e, posteriormente, a fase de incubação propriamente dita, dedicada à estruturação e crescimento da empresa.
Ecossistema de inovação fortalecido
A INTEPP mantém parcerias estratégicas com importantes instituições da cidade, como a Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Informática de Presidente Prudente (FIPP), Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente (ACIPP), Fundação do Oeste Paulista (FOPI) e a Prefeitura de Presidente Prudente, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. A rede de apoio se estende também ao SEBRAE, à Secretaria de Tecnologia da Informação e Inovação, à Fundação Inova Prudente, além de outras faculdades, hubs de inovação e empresas do setor. “Essas conexões são fundamentais para garantir aos incubados acesso a mentorias, capacitações, eventos, editais de fomento e, principalmente, ao mercado”, frisa Fernanda.
Inovação com base acadêmica e impacto social
A atuação da INTEPP vai além da incubadora, integrando-se ao ambiente acadêmico da Unoeste. Fernanda Bagli, por exemplo, ministra disciplinas de Empreendedorismo, unindo teoria e prática e incentivando alunos a estruturarem projetos. A incubadora também apoia programas de Mestrado e Doutorado, auxiliando na transformação de pesquisas em soluções de mercado.
Entre as ações recentes, destacam-se hackathons interdisciplinares, como o “Hackathon Saúde e Bem-Estar”, além de atividades voltadas ao protagonismo estudantil e ao bem-estar acadêmico. A INTEPP promove visitas técnicas, colabora com a gestão pública, integra a comunidade Oeste Valley e mantém diálogo com ecossistemas de inovação. Iniciativas como o Startup Day e a Batatec evidenciam seu compromisso com o empreendedorismo e o desenvolvimento regional.
Cases de sucesso
Entre os cases de sucesso apoiados pela incubadora estão empresas como a SwimTrack, com tecnologia de monitoramento para nadadores; a Global Eco Agro, que oferece soluções sustentáveis para o agronegócio; a Autocoria, voltada ao reaproveitamento de resíduos agroindustriais; e a Analytics To Go, especializada em ciência de dados para gestão empresarial.
A incubadora também já apoiou empresas como Armitage, Cotton Apps, Eventou, DSIC Informática e Prolic, demonstrando a diversidade dos projetos impulsionados. “Esses exemplos mostram o papel da INTEPP como uma ponte entre pesquisa, inovação e desenvolvimento regional, contribuindo para transformar ideias em soluções concretas e negócios de impacto”, pontua Fernanda Bagli.