MST é fundamental para o Brasil, diz presidente Lula

Presidente Lula em defesa do MST | Foto Edson Ruiz

Na mais recente entrevista concedida à Rádio Difusora de Goiânia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou uma questão que vem gerando debates acalorados: a relação entre o governo federal e o agronegócio.

O presidente Lula afirmou na última sexta-feira, 06 de setembro, que o agronegócio brasileiro enfrenta uma divergência com o governo do PT por razões ideológicas e não por falta de recursos e apoio. O chefe do Executivo também mencionou o papel do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) nesse cenário, afirmando que as críticas dirigidas são injustas.

“Há décadas os sem-terra não invadem terras produtivas, mas o agronegócio mantém uma postura de rejeição. Tanto o MST quanto o agronegócio são fundamentais para o Brasil”, destacou. Segundo Lula, a principal divergência entre o agronegócio brasileiro e o governo do PT não está relacionada à falta de apoio financeiro, mas sim a questões ideológicas.

“A razão pela qual uma parte do agronegócio rejeita o PT não é por uma questão de dinheiro ou financeira. É por uma questão ideológica”, afirmou o presidente, referindo-se às críticas vindas do setor.

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Em sua defesa, Lula ressaltou que os investimentos no setor agrícola, especialmente para os grandes exportadores, nunca foram tão robustos como em sua gestão. Um exemplo claro disso é o Plano Safra 2024/2025, que destina R$ 400 bilhões em créditos, um aumento de 10% em relação ao ano anterior.

MST: papel estratégico ou entrave ao progresso?

Um dos principais pontos de atrito entre o governo e o setor agropecuário gira em torno do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Lula defendeu o papel do movimento, afirmando que as críticas feitas pelo agronegócio são infundadas. Segundo ele, o MST tem sido injustamente acusado de invasões de terras produtivas, algo que, de acordo com o presidente, não acontece há décadas.

“Tanto o MST quanto o agronegócio são fundamentais para o Brasil”, destacou. Para o presidente, ambos os grupos desempenham papéis essenciais: enquanto o agronegócio garante qualidade e abre mercados internacionais, o MST e os pequenos produtores são responsáveis por colocar comida na mesa dos brasileiros.

Entretanto, a fala do presidente não passou sem contestação. O ex-ministro do Meio Ambiente e atual relator da CPI do MST, Ricardo Salles, rechaçou as declarações de Lula. Segundo Salles, o MST continua praticando invasões, e as lideranças enriquecem enquanto os trabalhadores vivem em condições precárias. Para ele, o presidente Lula está ciente dessas ações e, ainda assim, defende o movimento.

Fonte: Compre Rural Notícias

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