Na manhã desta sexta-feira, 30 de junho, às 6h00, após investigação realizada pela Polícia Civil, através da 1ª Delegacia de Investigações Gerais – DIG – Da DEIC 8 de Presidente Prudente, simultaneamente em 09 cidades no Rio Grande do Sul (Porto Alegre, Sapucaí do Sul, Viamão, São Sebastião do Caí, Alvorada, Esteio, Guaíba, Canoas e Seberi) e outra em Santa Catarina (Balneário Camboriú), além de ação no interior da Cadeia Pública do RS, deu início a operação PSIQUÊ.
Após vários registros de ocorrência realizados na cidade de Presidente Prudente (são 12 registros referentes ao Inquérito Policial, porém, indícios de ações do grupo em pelos menos 5 dezenas), relatando ação criminosa idêntica, a unidade especializada assumiu a investigação com a identificação de extenso grupo criminoso na região Sul do País.
Em síntese, depois de ações intensas de inteligência e investigações eletrônicas, foi desvendado, em tese, Organização Criminosa que utilizava de ardil, primeiro, contatando vítimas em redes sociais e trocando mensagens e fotos íntimas expondo garotas nuas. Depois, com material “nudes” também arrecadado dos alvos (predominantemente homens), passavam a receber telefonemas simulando serem pais dessas meninas “menores de idade” ou mesmo policiais de outro Estado constrangendo e exigindo valores como pagamento para não divulgar o conteúdo de intimidade nas redes sociais e não efetuar denúncias falsas que possam levar as vítimas à prisão (por inexistentes crimes como pedofilia). Insinuavam, inclusive, serem agentes da segurança corruptos.
Para os delitos os criminosos falsificavam chips de operadoras, criavam “fakes” de perfil, usavam fotografias de Autoridade Públicas reais, enviavam vídeos de delegacias, fóruns, supostos mandados de prisões, até mesmo cenas de sangue e velório simulando suicídio de adolescentes. Tudo para dramatizar e consubstanciar as ameaças e exigências extorsionárias que levavam as vítimas à insuportáveis pressões.
Nesta manhã, depois do envio de equipes de policiais civis de Presidente Prudente, com o apoio integral de policiais civis locais (polícias civis do Rio Grande do Sul e Santa Catarina) – aproximadamente 200 policiais, foi possível o desencadeamento da operação que contou com o cumprimento de 31 (trinta e um) mandados de busca e apreensão residencial, bem como 05 (cinco) prisões preventivas e bloqueios de contas de dezenas de CPF’s (para sequestro dos valores em conta). Ao todo, 28 pessoas (entre liderança, operadores ou aliciadores de contas e correntistas) foram indiciadas e serão responsabilizadas pelas ações (responderão ao processo criminal). Após o fim da investigação será deliberado, ou não, pela necessidade da prisão processual dos demais envolvidos.
Todos responderão pelos crimes de extorsão, falsa identidade, organização criminosa e lavagem de capitais.
O nome da operação foi escolhida em metáfora as pessoas que, acreditando haver conhecido e conquistado uma pessoa, são traídos pelo instinto de suas próprias sexualidades. Do amor vem a desgraça da atuação de uma organização criminosa que desafia os órgãos repressores constituídos. Psiquê ou Psique (em grego clássico: Ψυχή; romaniz.: Psychē), na mitologia grega, é uma divindade que representa a personificação da alma. Seu mito foi narrado nos últimos tempos da Antiguidade, na história latina O Asno de Ouro, de Apuleio. Sua história é uma alegoria à alma humana, que é purificada por paixões e desgraças.
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