A Polícia Civil do Estado de São Paulo, através da 1ª DIG-Delegacia de Investigações Gerais e do Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro – SECCOLD – DEIC-8, deflagrou na tarde de hoje (04/11) a operação “Mantus”, em combate ao jogo do bicho e à lavagem de dinheiro.
Foram cumpridas 63 (sessenta e três) buscas domiciliares em residências e estabelecimentos comerciais relacionados à prática desse jogo de azar. Durante a ação policial foram apreendidos aparelhos celulares, documentos, valores em espécie e máquinas de aposta, todos relacionados ao jogo do bicho.
Os responsáveis pelos pontos comerciais onde suspeita-se eram operados pontos de venda de apostas ilegais foram ouvidos na delegacia de polícia e responderão pela prática de contravenção penal.
Ao todo, foram identificados 38 operadores do jogo do bicho atuantes na cidade de Presidente Prudente.
A investigação, que durou mais de um ano e contou com um amplo serviço de inteligência e trabalho de campo, identificou não apenas os locais em que os vendedores de apostas atuavam (residências e comércios), mas também conseguiu alcançar os verdadeiros operadores do esquema ilegal, ou seja, os “donos da banca”, responsáveis por guarnecer aqueles pontos com os objetos e informações necessárias à consolidação da prática do jogo de azar, bem como por realizar a coleta dos valores obtidos com a prática ilícita.
Esses indivíduos apontados como líderes do esquema também estão sendo investigados pela prática do crime de lavagem de capitais, e a Polícia Civil pediu ao Poder Judiciário o bloqueio de seus bens e de suas contas bancárias, o que foi deferido pela Justiça.
Ainda, na casa do indivíduo apontado como antigo líder do esquema nesta cidade, foram apreendidos mais de setenta mil reais em espécie, valor este que era mantido oculto em um compartimento falso.
Agora, colhidos novos elementos de informação, a Polícia Civil prosseguirá com as investigações e novas medidas de polícia judiciária deverão ser adotadas.
A Polícia Civil ainda esclarece que o jogo do bicho, bem como outros jogos de azar, muitas vezes são subestimados pela população, tidos como algo normal e costumeiro, contudo, são práticas ilegais e fomentadoras de toda uma gama de atividades criminosas que circundam seus operadores. Por essa razão, devem ser combatidos de maneira efetiva pelo Estado, sempre com a contribuição da sociedade.