Pela primeira vez desde 2018, o projeto Hipoterapia oferece preparação antecipada aos alunos do curso de Fisioterapia que prestarão atendimentos neste segundo semestre. Em oficina na tarde desta segunda-feira (5), a professora Dra. Maria Tereza Artero Prado Dantas e o 2º sargento Wellington da Silva Costa deram instruções para 25 estagiários de pediatria. As atividades aconteceram na Cavalaria do 8º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), em Presidente Prudente.
Conforme a professora responsável pelo projeto em parceria da Unoeste com a Polícia Militar, a tarde foi de recepção dos alunos no projeto, aproximação aos animais, cuidados para chegar próximo para realizar os atendimentos, colocação de cela, explicações sobre o ambiente e materiais a serem utilizados, simulação de atendimento, medidas de emergência, como colocar e como retirar o paciente de cima do cavalo, quais as regras de segurança e sobre o método hipoterapia.
Questões psicomotoras
Método terapêutico para tratar de problema de saúde em relação a incapacidades, são trabalhadas nessa prática questões psicomotoras em atividades de equilíbrio, coordenação e força, dentre outros procedimentos para melhorar o desenvolvimento físico e promover o bem-estar. As atividades são de acordo com as necessidades de cada paciente. O animal é conduzido pelas rédeas, por policiais militares. Os alunos instruem e estimulam atividades que promovem os movimentos, usando objetos como bola e argolas.
Os alunos envolvidos na oficina estão cursando o último ano, sendo alguns do período integral e outros do noturno. Alunos de outros termos também podem participar, na condição de voluntários. As atividades serão a partir da última semana deste mês, toda segunda-feira, às 13h30m, na pista da Cavalaria. Atualmente são 16 pacientes que neste primeiro momento estão sendo atendidos com avaliações clínicas, prestadas pela universidade que é a única instituição de ensino superior de região que trabalha com hipnoterapia.
Aumento de procura
Em média são atendidos 16 pacientes por semestre, predominantemente crianças. Conforme a Dra. Maria Tereza, o feedback tem sido fantástico, tão bom que tem familiares manifestando o interesse de que não fosse dada alta ao paciente após ser atendido por seis meses ou mesmo depois, dependendo do caso, da prorrogação por seis meses. A professora comenta que com o passar dos anos tem aumentado a procura pelo projeto; devido ao crescente diagnóstico de crianças com algum tipo de autismo.
O comandante da Cavalaria ofereceu várias explicações e orientações para os alunos, começando por dizer que o cavalo brasileiro de hipismo é diferente do cavalo criado no pasto, pela alimentação e por ser cheio de energia. É preciso saber como lidar para preservar a integridade física do praticante, dos alunos que aplicam a hipnoterapia e do condutor do animal. São mansos e na condição de cavalos militares têm alguns diferenciais e um deles é que somente são montados pelo lado esquerdo.
Sensibilidade animal
O 2º sargento Wellington da Silva Costa e a professora Dra. Maria Tereza comentaram com os alunos que mesmo os cavalos mais cheios de energia, quando montados por pacientes se transformam, como se tivessem sexto sentido, para facilitar as atividades com as crianças. Dentre as muitas orientações, foi explicado que a área de segurança para lidar com o cavalo é sempre pela frente e informado que durante todos os anos de hipnoterapia nunca aconteceu acidente.