Um raio-x da história do município de Martinópolis

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Hoje a cidade Martinópolis, que fica na macrorregião de Presidente Prudente, tem cerca de 24.881 habitantes (IBGE – 2022), uma renda per capita anual em torno de R$ 28 mil e 85 anos. O aniversário de emancipação é comemorado em 13 de junho.

Martinópolis localiza-se no traçado da Estrada de Ferro Sorocabana, na zona fisiográfica pioneira e as coordenadas geográficas de sua sede são: 22º 10′ latitude sul e 51º 11′ longitude W.Gr.

Sua história começa em meados do século XIX, onde sertanistas mineiros, capitaneados por José Teodoro de Souza e Francisco de Paula Moraes, chegaram às terras de São Paulo que medeiam entre as águas do “Peixe” e do “Paranapanema”. Por seus picadeiros e agrimensores, palmilharam esse chão e se tornaram senhores de dois latifúndios distintos que se estendiam desde Campos Novos do Paranapanema até as barrancas do Rio Paraná.

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Afrontando a Floresta inóspita e os Índios Coroados, seus primitivos habitantes, foram criando e aumentando áreas cultivadas. A descoberta de terras férteis, logo, chegou ao conhecimento do Governo que passou a se interessar pelas riquezas que a região encerrava em seus mistérios.

Entre outras providências, deu início a construção da estrada boiadeira rumo ao Mato Grosso, passando a montante da Cachoeira do Rio Laranja Doce (onde, mais tarde, a CAIUÁ construiu a Usina Hidroelétrica). Foi porém o prolongamento dos trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana, iniciado em 1919, a partir de Botucatu, que realmente impulsionou o progresso.

Passageiros e mercadorias encheram o Trem de Ferro. A marcha para o Oeste começou a transformar a fisionomia do Sertão. A migração volumosa a forçar o fracionamento dos latifúndios. Contendas judiciais a se mesclar com lutas sangrentas, até que homens, organizados surgiram para capitanear a colonização, dentre esses homens, avulta a figura do Coronel João Gomes Martins, um fidalgo da Ilha da Madeira, que retalhou as terras de muitos dos municípios da região, especialmente, daquele a quem mais tarde, emprestaria o seu próprio nome.

Martinópolis nasceu de um vagão de trem, desmontado da linha, que serviu de rancho à Turma da Conserva de José Giorgi e a gorita do Guarda Chaves da Estrada de Ferro. Nas cercanias do Vagão foram surgindo as primeiras casas de colonos. Em 1924, o Coronel João Gomes Martins, português de nascença, lançou o loteamento urbano de José Teodoro, paralelo aos trilhos. Logo surgiu a Estação de Trem, a Pensão Boiadeira de Raimundo Barbosa, o Comércio de Frederico Platizek e de Ângelo Bergamini. A fé dos colonos ergueu a pequena Igreja de madeira.

Abençoado por Deus, o lugarejo, sede da Colonização Martins, foi se transformando em verdadeiro formigueiro humano, com levas que chegavam de trem para o Novo Eldorado. Vida intensa, tangível, vibrante de rumores, surgida e movida como as ondas do Oceano.

Coronel José Gomes Martins um dos fundadores de Martinópolis
Coronel José Gomes Martins em 1929, o principal responsável pela criação do município, que hoje é Martinópolis.

A influência do coronel João Gomes Martins foi uma peça principal para o desenvolvimento do povoado. Em 1924 os moradores reivindicaram a elevação à categoria de distrito de paz, e isso viria com a Lei nº 2.492, de 20 de dezembro de 1929.

Em 20 de Dezembro de 1929, o povoado foi elevado a categoria de Distrito de Paz com o nome de Distrito de José Teodoro. Em 1937, quando o trabalho e as paixões agitavam a vida e o progresso do povoado, seu fundador, no auge de esplandente vitalidade, faleceu na capital paulista. João Gomes Martins Filho tomou para si, após a morte do pai, a responsabilidade continuar o desenvolvimento do ainda pequeno distrito.

Em 12 de janeiro de 1939, o Distrito de José Teodoro foi elevado a categoria de Município com o nome de Martinópolis e em 13 de junho de 1945, com as maiores comemorações já verificadas em sua história, a terra dos Martins instalou solenemente a Comarca de Martinópolis.

Na década de 40, o município se estendia por uma área territorial de 4.000 Km2, limitando-se com Regente Feijó, Presidente Prudente, Valparaizo, Guararapes, Tupã e Rancharia. Sua população já era de 25.000 habitantes, dos quais, 18.000 radicados nas Glebas da colonização Martins. No final dessa década e limiar do anos 50, Martinópolis tornou-se conhecida como o Rei do Algodão, após produzir 2.200.000 arrobas da malvácea em um única safra. Na década de 50, sua população chegou a 37.000 habitantes, sendo 29.000 na Zona Rural.

Nas décadas de 60, 70 e 80, o êxodo rural, provocado pelo desestímulo à agricultura e pela industrialização desordenada, concentrada nos grandes centros urbanos, atingiu a economia de Martinópolis e com ela a sua população entrou em declínio.

Martinópolis, de acordo com o IBGE (2022), possui 24.881 habitantes. Seu território é atualmente, de 1.219 Km2, limitando-se ao Norte com Mariápolis, Pracinha, Parapuã e Sagres, ao Sul com Nantes, ao leste com Rancharia e ao Oeste com Caiabu, Indiana, Taciba e Regente-Feijó. Possui 18.410 eleitores (TRE-SP – 2024).

Localizada a 35 km de Presidente Prudente e a 494 km da capital, a beleza de sua represa, a Laranja Doce, a 14 km do centro é a grande atração da cidade, que inclusive movimenta parte da economia da cidade.

Desbravador José Teodoro

Para falar do nascimento de Martinópolis é preciso falar um pouco mais do desbravador José Teodoro de Souza. Ele era natural de Pouso Alegre (MG) e proprietário de todas as terras do sudoeste brasileiro. Era um homem considerado inteligente, valente, audacioso, porém, analfabeto. Tanto que eram seus procuradores quem assinavam por ele seus negócios de terra, quase sempre com segunda intenções.

O pesquisador José Carlos Daltozo, no livro “Martinópolis, sua história e sua gente” destaca que a história do desbravamento tem início com a chegada do mineiro José Teodoro de Souza. No século XIX ele aportou atrás de riqueza e poder às margens do rio Turvo. Além de São Pedro do Turvo, também fundou Campos Novos do Paranapanema (atualmente Campos Novos Paulista) e Conceição de Monte Alegre (atual distrito de Paraguaçu Paulista).

Segundo o pesquisador José Ferrari Leite, que integrava o quadro de docentes da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp, em seu livro “A Alta Sorocabana e o Espaço Polarizado de Presidente Prudente”, José Teodoro morreu em 24 de julho de 1875, em Campos Novos, “e já seu império esfacelava-se com grileiros em vários pontos e muitos alqueires doados a amigos que lhe auxiliaram na empreitada de abrir o sertão. A parte que restava, ainda de grandes proporções, foi distribuída a seus herdeiros”.

Daltozo acentua ainda que Martinópolis e as demais cidades da Alta Sorocabana carregam em sua certidão de nascimento a paternidade do café e a maternidade da ferrovia. No século XIX e nas três primeiras décadas do século XX o café era a maior atividade econômica do Estado de São Paulo.

A Estrada de Ferro Sorocabana foi fundada por particulares em 1871. No começo, visava atender produtores e comerciantes de Sorocaba. Mas sua expansão foi inevitável em ambas as direções, tanto para o lado de Porto de Santos, centro nevrálgico da exportação, como para o interior, chegando em Presidente Prudente em 1919 e no ponto final, Presidente Epitácio, atualmente Estância Turística, em 1º de maio de 1922.

A colonização por João Gomes Martins

Nascido a 18 de dezembro de 1877, na Ilha da Madeira, em Portugal, João Gomes Martins veio para o Brasil com a família quando contava com apenas 10 anos de idade. Pequeno, foi trabalhar no campo numa fazenda de Porto Ferreira. A família muda-se mais tarde para Taiúva (SP), e lá João casa-se com uma prima, a senhora Carolina de Freitas. Depois mudam-se para São Paulo, onde estruturam comércio por atacado e importação e exportação.

Os anos se passaram e João Gomes resolve fazer outra coisa. Decide se dedicar a colonizar terras, e funda a Colonização Martins, com sede em São Paulo. Seu interesse se direciona para a região Alta Sorocabana, atraído pelo preço acessível das terras, que também podiam ser adquiridas a prazo, e pela abertura do caminho pela ferrovia e a construção das estações.

João Gomes começa a comprar terras. Dá uma pequena entrada e parcela o restante. Depois inicia a venda de lotes, renda que usava para saldar as parcelas da compra. Entre as fazendas adquiridas por ele, como a Pitangueiras, localizada na região onde estava a estação de Sapezal, e posteriormente, as propriedades Pedras e Barreiro, Ribeirão dos Índios, Mixto, Ribeirão Grande, Cristal e a Boa Ventura – esta daria origem ao município de Martinópolis.

João Gomes mantinha um agente de venda de terras descendente de japoneses chamado Tomekichi Ogata, que foi o responsável por trazer um grande contingente de imigrantes nipônicos.

Em seu livro, o historiador Daltozo relata que João Gomes Martins chegou a enfrentar batalhas judiciais devido a delimitações de terras, já que as escrituras da época se traduziam em pouca precisão no que tange aos verdadeiros limites. Essas escrituras muitas vezes simplesmente assinalavam “cabeceiras do ribeirão tal”, ou “espigão do córrego tal”, pendengas que eram decididas na justiça, e sempre vencidas por João Gomes Martins, por intermédio de seu advogado Enéas Cezar Ferreira.

Quando a Estrada de Ferro Sorocabana chegou, João Gomes Martins já encontrava-se na região. Foi ele, aliás, quem adquiriu a passagem número um do povoado José Teodoro, mas não chegou a usá-la, pois queria guarda-la como recordação.

Nessa época, segundo ainda José Carlos Daltozo, Martins já encontra-se em negociações para adquirir as terras daquele que viria a se tornar o Núcleo Colonial Boa Ventura. Em 1923, trouxe os primeiros visitantes procedentes de Santa Adélia, região da Araraquarense, para conhecer seu empreendimento. Vieram José Valentim, Pedro Quaranta, João Saram, Ernesto Contini e Antonio Sartori.

Loteamento cidade

A aquisição da fazenda se tornaria realidade em 17 de novembro de 1924, quando João Gomes contratou engenheiro e agrimensor para projetar os loteamentos urbanos e rurais.

O povoado de José Teodoro ganha ruas e possuía 20 alqueires de perímetro urbano e sessenta quadras de 80 por 80 metros, cortadas por 15 ruas e três avenidas. Cada quadra possuía oito lotes, sendo quatro lotes de esquina, medindo 30 x 30 metros e dois lotes com 20 metros de frente por 40 de fundo, além de dois com 20 de frente e 30 de fundo.

João Gomes Martins, o coronel

João Gomes Martins e Carolina de Freitas Martins tiveram nove filhos, sendo três homens e seis mulheres: João Gomes Martins Filho, Bibiana, Paula, Iracema, Eduardo, Guiomar, Arhur, Nair e Cândida. A esposa, Carolina, faleceu em São Paulo em 1934.

Não se tem registro de quando João Gomes Martins recebeu a denominação de coronel. Sabe-se que o termo “coronel” surgiu quando foi criada a Guarda Nacional, em 1831, substituindo as milícias e ordenanças do período colonial.

“Eram nomeados coronéis todos os grandes proprietários rurais, com prestígio social e econômico, além de outros que prestassem favores ao governo federal, ou que fossem influentes em uma cidade ou região. Essa forma de tratamento e de nomeação de líderes perdurou por quase 70 anos, até a proclamação da República em 1889”, escreveu o pesquisador Daltozo. Porém, essa forma de tratamento ficou tão arraigada na mentalidade da população que por muitas décadas continuaram sendo tratados de ‘coronéis’ todos aqueles que detinham poderes político e econômico e eram influentes em uma comunidade.

A família Martins, que residia na capital paulista, na rua Oscar Porto, tinha o hábito de visitar Martinópolis, onde mantinham negócios. Quando isso ocorria, ficava hospedada em fazenda de sua propriedade, a Capão Bonito.

Bela Moradia

Por volta dos anos 40 a família comprou uma casa na cidade, que passou a ser chamada de “fazendinha’, devido à exuberância de sua arborização e ao grande pomar de laranjeiras. No local ainda reside Guiomar, uma das filhas de João Gomes Martins.

João Gomes pertencia ao Partido Republicano Paulista (PRP), mas não chegou a ser deputado. No final dos anos 30, quando estava com 59 anos de idade, adoentado, o coronel João Gomes Martins retornou à Europa para uma visita. Antes, porém mandou seu filho doar um terreno nas cercanias da cidade para a instalação de uma máquina de benefício de algodão da Anderson Clayton.

Assume o controle

Com a morte do coronel em 10 de setembro de 1937, João Gomes Martins Filho assume a direção da Colonizadora Martins. João Gomes Martins Filho, que nascera em São Paulo em 1908 e se formou em Direito em 1933 pela Faculdade do Largo de São Francisco.

Ele ficou responsável com suas irmãs de doar imóveis em Martinópolis para a construção de obras públicas, entre eles, o estádio do Martins Esporte Clube, da Santa Casa de Misericórdia e do primeiro grupo escolar, a “Fazendinha”, e onde atualmente funciona o Colégio Objetivo.

Gosto pela política

Ao contrário do pai, João Martins Filho chegou a ser eleito deputado à Assembléia Constituinte de 1946. Em 1950 candidatou-se a vice-governador na chapa que tinha como candidato a governador Prestes Maia, pela União Democrática Nacional (UDN), mas não foi eleito.

Foi ainda juiz federal em São Paulo e se aposentou no final dos anos 80. Morreu na capital em 1992.

Construção civil – as primeiras construções

Martinópolis em 1940

Consta no livro de José Carlos Daltozo, “Martinópolis, sua história e sua gente” que o coronel João Gomes Martins separou 20 alqueires nos arredores da estação ferroviária com o objetivo de formar um povoado que desse suporte às vendas das propriedades agrícolas. Por isso trouxe auxiliares da Colonização Martins como os engenheiros Mário Cabral e Alberto Amaral, este também agrimensor; o desenhista Henrique Amaro Pinto Correia e os guarda-livros Bario Raymundo Cirne e Manoel Júlio Sobrinho.

O primeiro comerciante que se instalou no povoado de José Teodoro foi Antonio Joaquim Senteio, primo do colonizador. Ele, Antonio Rodrigues Parente e João Gomes Martins montaram um armazém de secos e molhados em uma construção rústica de madeira, que localizava-se em frente à estação ferroviária, ao lado do Hotel Colonial.

Primeira construção

A primeira construção de alvenaria do povoado foi o Hotel Colonial, obra da Colonização Martins, em 1925. Visava atender visitantes que queriam conhecer as propriedades colocadas à venda.

Mais tarde, denominado de Hotel Martinópolis, sediou muitas reuniões sociais, festas de casamentos das pessoas abastadas, confraternizações, almoços e jantares políticos. O prédio foi demolido no final dos anos 70 e nenhum movimento impediu que botasse fim num prédio que representava parte da história da cidade. No mesmo local foi construído prédio da agência da Nossa Caixa Nosso Banco.

Interesse em povoar a cidade

Para incentivar o desenvolvimento do povoado, João Gomes Martins concedia um lote na cidade a quem adquirisse lotes rurais.

“E assim o vilarejo de José Teodoro ganhou impulso e algumas indústrias como olarias e serrarias. Em um levantamento realizado em 15 de novembro de 1927, assinado por Henrique Corrêa, existiam no povoado 1.395 habitantes, entre as zonas rural e urbana, e a economia era movida por três olarias, duas serrarias, um moinho de fubá, quatro casas de negócios, uma padaria, uma garagem, 13 automóveis e caminhões, uma carpintaria, uma oficina mecânica, um hotel e um ferreiro”, escreveu Daltozo.

TURISMO – Represa Laranja Doce

De janeiro a janeiro ela é freq✓entada e venerada por turistas da cidade, da região e de outros estados do país. No final do ano, a partir de outubro até março, então, quando o verão está no auge e os flamboyants majestosos em toda a orla explodem em flores vermelhas, a Represa Laranja Doce fica em ebulição. Segundo levantamento feito pela prefeitura no pedágio da Represa, no verão, já foi registrada a freq✓ência de 20 mil pessoas nos finais de semana.

Festa às margens do Balneário Laranja Doce em meados de 1940

Tanto na Cidade Balneária – o lado público – quanto no lado particular, onde estão localizados clubes badalados como o Jangada Country Clube o Clube Recreativo, e o Golfo Apart Hotel, há uma ótima infraestrutura para abrigar os turistas. Já no centro da cidade também há hotéis e restaurantes, como o Ouro Verde Hotel (agora com piscina) e Hotel Trianon; e entre os restaurantes, o Stallo Pizzaria e Churrascaria, Pizzaria Veneza, e o Ouro Verde, Churrascaria e Pizzaria.

O acesso à Represa foi facilitado depois da inauguração, em 1993, da rodovia Vereador Oswaldo Campioni Ascêncio, que liga a cidade de Martinópolis e o balneário, num total de 12 quilômetros. Com essa facilidade, o movimento também aumentou, bem como o número de eventos. A Prefeitura Municipal realiza no local eventos esportivos e agitos de carnaval. Além dos bailes do Hawaí e de São João, promovidos pelo Clube Recreativo, a Represa já sediou Campeonato Brasileiro de Jet Ski e carnaval temporão, com a presença de um trio elétrico, o Tapajós da Bahia. Torneios de outros esportes também acontecem na área, como de vôlei e de futebol de areia.

A Represa Laranja Doce também serve de passarela para a beleza da cidade e da região, coisa que pode ser conferida nos concursos de Miss Turismo de Martinópolis, realizado no Ginásio de Esportes Braz Sanches no mês de aniversário da cidade.

Mas nem sempre a Represa foi utilizada como área de lazer. A Companhia Elétrica Caiuá comprou em 26 de fevereiro de 1942 uma área de 157,2 alqueires da Companhia Viação São Paulo. As terras pertenciam à Fazenda Indiana, localizada no salto do Rio Laranja Doce, cortado pela estrada boiadeira. A área já era utilizada pela Caiuá em sistema de locação, onde fora construída a Usina Laranja Doce, com o objetivo de produzir energia elétrica, que foi inaugurada em 3 de dezembro de 1930.

Balneário da represa Laranja Doce de Martinópolis.

A barragem e as instalações da Usina ocupavam 20 alqueires, sendo que 129 alqueires eram de área inundada e 8,2 alqueires restantes a faixa de 10 metros de largura contornando toda a linha do perímetro alagado. A escritura fora registrada no Registro de Imóveis da 2a Circunscrição de Presidente Prudente, com o número 2072, de 8 de abril de 1942.

De olho no lucro, os proprietários de fazendas às margens do lago, lotetearam suas terras. Então, cerca de 60% da orla foi transformado em praias particulares, com lotes de 15 a 20 metros de largura e comprimento variável até a entrada de acesso. Sem contar uma ampla área de mata nativa, que ainda abriga ricas fauna e flora.

A Cidade Balneária foi construída no início da década de 70. A construção se deu em terras a Companhia Cima, que sucedeu a Companhia Viação São Paulo – Mato Grosso. O loteamento da Cidade Balneária possui área de 68,20 alqueires nas chácaras de recreio, com média de 18.000 m2 cada e de 50,17 alqueires reservados para os lotes, com média de 1.000 m2 cada.

A Usina da Caiuá ainda gera energia nos horários de pico. Atualmente, em toda a orla da Represa, existem mais de 300 casas de veraneio.

Espelho d’água

Já o espelho d’água da Represa Laranja Doce, que é abastecida pelo rio Laranja Doce e afluentes, possui 49,7 alqueires ou 120, 27 hectares, sendo sua área total de 265,73 alqueires ou 643,06 hectares, e o perímetro urbano com 216,03 alqueires ou 522,79 hectares.

gerador da represa Laranja Doce
Gerador de energia da represa Laranja Doce
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