Viúva é condenada a 9 anos e cúmplice a 4 anos por assassinato contra fazendeiro em Iepê

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Após dois dias de julgamento, o Tribunal do Júri de Presidente Prudente condenou, nesta quarta-feira, 18 de setembro, a viúva Elisângela Silva Paião e o funcionário público Fabrício Severino Gomes Merilis pela emboscada que resultou na tentativa de homicídio do fazendeiro Airton Braz Paião, em 21 de setembro de 2022, na zona rural de Iepê (SP).

Segundo a acusação, o crime foi premeditado por Elisângela e seu amante, o policial militar Marcos Francisco do Nascimento. Eles planejaram a emboscada para garantir que a viúva recebesse a herança do marido. Utilizando um perfil falso no WhatsApp, criado com a ajuda de Elisângela, Marcos atraiu Airton para o local onde ele foi brutalmente atacado por Marcos e Fabrício. Apesar de ser alvejado com quatro tiros na cabeça e uma facada nas costas, Airton sobreviveu e foi levado para a Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente.

Três dias após o ataque, Marcos Francisco entrou no hospital onde Airton se recuperava, disfarçado de policial em serviço. Ele disparou contra Airton no quarto, matando-o, e em seguida tirou a própria vida com um tiro na cabeça.

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Elisângela foi condenada a nove anos e quatro meses de reclusão em regime fechado pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Fabrício, por sua participação, foi condenado a quatro anos de reclusão em regime aberto. A defesa de Fabrício, representada pelos advogados Marcos Vinicius Alves da Silva e Laerte Henrique Vanzella Pereira, argumenta que não há provas suficientes para vincular diretamente o réu ao crime. Já a defesa de Elisângela, conduzida por Helder Francelino Soares, sustenta que Marcos agiu sozinho e que a viúva não participou do planejamento ou execução do crime.

Os réus estavam presos na Penitenciária Feminina, em Tupi Paulista (SP), e no Centro de Detenção Provisória (CDP) ‘Tácio Aparecido Santana’, em Caiuá (SP), respectivamente.

A defesa de Fabrício ainda avalia a possibilidade de recurso.

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